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Um forte dogma do catolicismo romano é divindade na forma feminina de N. Sra. da Conceição, a Imaculada Conceição.
É a padroeira da Justiça e as representações mais comuns são muito semelhantes às dos mitos do classicismo: uma bela mulher caucasiana na primeira fase da vida adulta.
Em alguns lugares há sincretismo com Iemanjá e Oxum ( das religiões de origem africana), que por sua vez sincretizam-se também com outras figuras do cristianismo, em variações de uma região para outra.
O diferencial dessa mulher-divindade é que já nasceu isenta da mancha do pecado, marca que a doutrina atribui a todos, todos mesmo, como herança dos antepassados que desafiaram a divindade (uma variação dos conceitos de Genos e Hamartia, qualquer hora faço um tópico disto).
Na religião de culpa/redenção, ela nasceu "imaculada" porque seria no futuro a geradora da forma humana da divindade que viria ao mundo em missão redentora.
E aí aproveitaram para estender mais um pouquinho, de acordo com os interesses da época, envolvendo o que mais convinha em termos de poder e sexualidade (a repressão do feminino principalmente) e outras coisas mais.
Isto já deu muita conversa e belos filmes.
Há um número enorme de devotos.
Sei lá que traços de cultura e psiquismo produzem isto mas ...
Ah, que a inclinação natural para o estético tem uma boa contribuição aí, ah, se tem! Basta ver o tanto de meninas que recebem os nomes de "Imaculada", "Conceição" ou os dois juntos.
(Se as representações fossem feiosinhas, será que alguém ia aceitar a crença!!???
Mas antes assim. Enquanto as mammys esperarem o melhor (rs) de suas (re)"produções", o mundo estará salvo!).
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9 de dez. de 2009
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