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«Poesia serve exatamente para a mesma coisa que serve uma vaca no meio da calçada de uma agitada metrópole.
- Para alterar o curso do seu andar,
para interromper um hábito,
para evitar repetições,
para provocar um estranhamento,
para alegrar o seu dia,
para fazê-lo pensar,
Para resgatá-lo do inferno que é viver todo o santo dia sem nenhum assombro, sem nenhum encantamento.»
(Martha Medeiros)
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