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Um pequeno objeto que ativa a imaginação.
Cabecinha criativa e mão habilidosa, que moldagem é essa assim tão diferente?
Nunca vi nada do mesmo tipo.
Não sei como me chamou a atenção.
Um bibelozinho entre um montão de outros, todos graciosos.
O gorro lembra arlequim, mas não é. A tipologia é bem diferente.
É mais um palhacinho, tipo arauto de pequenos grupos teatrais errantes e livres.
Pequenino, só 12 cm.
Até hoje, todos que o viram acham um encanto.
Pegam com muito cuidado, olham, reviram e depois devolvem naturalmente.
Nunca foi disputado.
Quando o vi, tinha um par, tipo bailarina-equilibrista de pequenos grupos circenses.
Mas não eram um casal. Ela também toda lindinha, mas totalmente diferente. Em concepção, material, acabamento. Parecia ter sido colocada ali só para compor o convencional.
Fiquei com os 2, mas logo uma companheira de viagem queria muito a bailarina. Só ela. Para sua coleção de estatuetas de bailarinas.
Cedi. Repassei-a prazeirosamente, como um presente, que ela adorou.
(Um ato natural e dentro de uma certa inclinação de me desfazer com facilidade de objetos.
Principalmente se alguém o quer.
Atendo sempre que possível. Sem neura e nem sempre. Mas é comum soar como sinal de que meu tempo com ele está finalizado.)
Mas acho que se fosse o palhacinho não teria cedido não.
Às vezes olho para ele, vem um "rew" e fico intrigada. Uma sensação boa.
Por que isto, hein!?
-Ora, porque é meu.
Foi feito pra mim. Só isso!
E fui até lá para buscá-lo.
Exagero?
Um fetiche bobo (todo mundo tem, né?)
Imaginação viajandona!!?? (idem, ibidem)
Então tá!
Mas fala isso aí de novo depois que ver como o encontrei:
Estava à venda, junto com muitas outras coisas bem bonitas.
Num ponto da estrada, perto daqueles restaurantes onde todo mundo para, lancha rapidinho sem maiores emoções e, naqueles minutinhos de espera enquanto os demais ainda estão lá dentro, se distrai correndo os olhos superficialmente no que há por perto.
Pequenas barracas particulares, souvenirs ... Coisinhas que as pessoas que moram por ali trazem ou fazem elas mesmas para vender aos turistas.
Lembrancinhas de valores modestos, produção local de lugares pequenos e fora da cidade.
Tinha me proposto a não ficar comprando coisas, mas abri uma exceção.
Já devia estar lá por algum tempo. Bem empoeiradinho. O moço da barraca viu meu interesse e foi logo oferecendo desconto no preço da etiqueta, havia um quebradinho em um dos pés. Tanto melhor: dá para ver o material interno, cerâmica comum, bem frágil.
Foi em junho de 1996. Na estrada de Moscou para Vladimir (a antiga capital de Rússia).
Uma viagem que nunca tinha pensado em fazer e pintou de repente.
(Menos de 15 dias para tomar conhecimento de que podia rolar pra já, arranjar um jeito de antecipar as férias, preparar só o básico do básico e tratar de chutar prá longe o medo de avião.)
Estava lá só me esperando :)
Gosto de olhar pra ele
É só ver e já vou logo ficando contente!
(Ué, cadê a foto?
Ih, não tenho câmara digital! Nem no celular.
Quando aparecer alguma por aqui cuido disto.
Enquanto isso fica essa figurinha parecida que encontrei por aí).
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21 de jan. de 2010
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